Senadores vão ao STF pedir liberação dos presos em 8 de janeiro

Marinho e Mourão querem a transferência para os estados de residência ou liberação para aguardar o julgamento em liberdade

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília Foto: ROSINEI COUTINHO/SCO/STF

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, recebeu nesta sexta-feira os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que reivindicaram celeridade no processo que mantém mais de 900 pessoas presas após os atos extremistas de 8 de janeiro. Eles pediram que os vândalos sejam transferidos para os estados de residência ou a liberação deles, para que eles possam aguardar o julgamento em liberdade.

“Fizemos a solicitação à presidente do STF para tratar com celeridade da situação daqueles que estão encarcerados, tanto na Papuda, quanto na Colmeia. Nós, como senadores, tivemos a oportunidade de visitá-los. A nossa preocupação é quanto a agilidade do processo. Queremos conversar com o relator do inquérito, Alexandre de Moraes para que aja a individualização dos delitos para que aqueles que não devem possam ser liberados e aqueles quem, por ventura, tenham sido flagrados em atos de depredação, de barbárie, de vandalismo possam ter a imputação de seus crimes em tempo real e da forma adequada”, disse Marinho.

A reunião com a ministra é um desdobramento da visita feita pelos parlamentares ao complexo penitenciário onde estão os presos. Segundo nota enviada pelos senadores, “constatou-se que a penitenciária possui capacidade limitada para atender a grande quantidade de presos.”

O Portal R7 apurou que os senadores têm a intenção de acelerar a soltura dos envolvidos nos atos extremistas. “A alta ocupação reflete na qualidade do fornecimento da alimentação aos presos e no atendimento de saúde, conforme verificado no local”, defendem os parlamentares em nota divulgada à imprensa.

Líder da oposição no Senado, Marinho já havia se posicionado a favor da soltura dos presos. Em visita à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o senador solicitou apoio da entidade pela “celeridade no cumprimento do devido processo legal, na individualização de condutas e na garantia dos direitos humanos dos presos, assegurando a transferência para os Estados de residência ou a liberação para aguardar o julgamento em liberdade.”