Após quase um mês sem se pronunciar, o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pediu que seus apoiadores não realizem atos públicos pedindo seu retorno. Em uma publicação feita neste sábado, em uma rede social, ele explicou que mantém o silêncio “para não atrapalhar o curso das investigações sobre os condenáveis atos verificados no dia 8 de janeiro”. Ibaneis está afastado do cargo desde o dia 9 de janeiro, horas depois dos atos de vandalismo em Brasília.
“Tenho visto que algumas pessoas querem preparar atos públicos de apoio a mim, mas peço que não o façam, que confiem na Justiça como eu confio e que aguardem a apuração dos fatos com a calma e serenidade que o momento exige, ” publicou o governador afastado. A última manifestação pública de Ibaneis tinha sido feita em 20 de janeiro, após uma operação da Polícia Federal revistar a casa, o gabinete e o escritório dele, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na postagem deste sábado, o governador afastado afirmou que continua esperando a conclusão do processo instaurado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para averiguar as responsabilidades que culminaram na depredação das sedes dos três poderes.
Por fim, ainda agradeceu as mensagens de apoio que tem recebido. “Agradeço todas as mensagens de apoio, mas peço encarecidamente que sejam evitados quaisquer atos públicos”, escreveu Ibaneis. Apesar da decisão de que o afastamento deve durar 90 dias, no dia 9 de fevereiro os advogados de Ibaneis pediram ao STF para que ele volte antes ao cargo. De acordo com a equipe de defesa de Ibaneis, o governador afastado espera ser reconduzido ao comando do Palácio do Buriti antes do fim do prazo.