A reunião desta quinta-feira, 16, do Conselho Monetário Nacional (CMN), a primeira do ano, não terá como tema a revisão da meta da inflação. A garantia foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afastando os ruídos que afetaram o mercado financeiro por uma revisão da meta prevista de 3,25% de indicador para 2023.
O encontro terá a presença do ministro Haddad, da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e acontece após críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados à taxa de juros e ao nível da meta de inflação, que ele disse considerar baixo.
A garantia do ministro da Fazenda acontece no dia seguinte à declaração do presidente do BC ter afirmado no programa Roda Viva, da TV Cultura, que o BC não propôs ao governo um aumento da meta de inflação para ganhar flexibilidade na política monetária, negando rumores que vinham rondando os mercados desde a semana passada.
Haddad afirmou que, na entrevista ao Roda Viva, Campos Neto reconheceu que as medidas de ajuste fiscal anunciadas pela equipe econômica no mês passado estão na direção correta. “Como os resultados virão, eu tenho certeza que isso vai ajudar a política monetária a concluir que nós estamos talvez com uma taxa de juros neste momento que compromete os objetivos do país”, disse o ministro.