Morre a acadêmica e escritora Cleonice Berardinelli, aos 106 anos

A Acadêmica mais longeva da Academia Brasileira de Letras foi vítima de insuficiência respiratória

Escritora colaborou com Maria Bethânia e Adriana Calcanhoto | Foto: Youtube / Reprodução / CP

A Academia Brasileira de Letras divulgou que a escritora Cleonice Berardinelli morreu na terça-feira, 31, aos 106 anos, no Hospital Samaritano, vítima de insuficiência respiratória. Cleonice foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 2009, sucedendo Antônio Olinto, e era considerada uma das maiores especialistas do mundo em literatura portuguesa, sobretudo na obra de Fernando Pessoa. Ela era a sexta ocupante da cadeira nº 8 e a Acadêmica mais longeva da Instituição. O velório será hoje, dia 1 de fevereiro, das 11h às 15h, no Petit Trianon, na ABL. A cremação será na quinta-feira, dia 2 de fevereiro, com cerimônia somente para a família. Também será realizada uma Sessão da Saudade na Academia em homenagem à autora.

Cleonice era licenciada em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1938), doutora em Letras Clássicas e Vernáculas pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (1959) e livre-docente de Literatura Portuguesa por concurso pela Faculdade Nacional de Filosofia (1959). Foi professora emérita da UFRJ e da PUC- Rio e também deu aulas na Universidade Católica de Petrópolis, Instituto Rio Branco e foi professora convidada pelas Universidades da Califórnia, campus Santa Barbara (1985) e de Lisboa (1987 e 1989). A Acadêmica foi homenageada no cinema em documentários como “O vento lá fora”, em que ela e Maria Bethânia leem Fernando Pessoa diante de uma plateia de convidados, e “Cleo”, em que apresenta poemas recitados de cor.