Bolsonaro rebate críticas a seu governo por crise dos ianomâmis: “Farsa da esquerda”

O presidente Lula, em vista à região, disse que os problemas vieram da gestão de Bolsonaro com os indígenas

Foto: Alan Santos/PR

ex-presidente Jair Bolsonaro rebateu neste domingo (22) críticas de que tenha havia descaso com os indígenas durante o seu governo e afirmações de que a culpa da crise no Território Yanomami, em Roraima, deveria ser atribuída a sua gestão. Bolsonaro destacou ações durante seu mandato e afirmou que as reclamações contra ele são “mais uma farsa da esquerda”.

“Contra mais uma farsa da esquerda, a verdade: os cuidados com a saúde indígena são uma das prioridades do governo federal. De 2019 a novembro de 2022, o Ministério da Saúde prestou mais de 53 milhões de atendimentos de atenção básica aos povos tradicionais, conforme dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS, o SasiSUS”, disse na mensagem.

“Outra medida inicial foi a adoção do protocolo sanitário de entrada em territórios indígenas. Tanto no ano de decretação da pandemia quanto no seguinte foram produzidos informes técnicos de orientação aos serviços de saúde sobre diagnóstico, testagem, prevenção, controle e isolamento. No mesmo período, foram implantados os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) nos 34 DSEI”, destacou também o ex-presidente.

Bolsonaro afirmou que as operações durante a pandemia, além de combater a Covid-19, possibilitaram a oferta de consultas especializadas à população atendida, levando-se em conta as limitações que a média e alta complexidade, a cargo de estados e municípios estavam enfrentando. “Assim, além de clínicos gerais, as missões contaram com médicos infectologistas, pediatras e ginecologistas. Ante o alto índice de zoonoses, o Ministério da Saúde também enviou médicos veterinários para as missões”, acrescentou.

Entenda

Nesse sábado (21), o presidente Lula foi a Roraima visitar o povo indígena Yanomami — que enfrenta a aceleração de casos de insegurança alimentar e desnutrição infantil. Em coletiva, o presidente Lula criticou a situação e disse que os problemas eram culpa de Bolsonaro.