A Polícia Civil confirmou à Rádio Guaíba, que os dez indiciados pelo assassinato do então prefeito de Lajeado do Bugre, Roberto Maciel Santos, fazem parte de uma facção que atua no tráfico de drogas no Norte gaúcho. Entre os investigados, nove já cumprem prisão preventiva e um segue foragido.
Segundo a delegada Aline Dequi Palma, o crime teve motivação política. Os suspeitos, revelou, decidiram matar o prefeito por discordar de medidas adotadas pela administração municipal.
“É um crime ligado a essa organização criminosa que é muito presente no município. Foi por desavenças ligadas às relações políticas dessa facção, que não aceitava a administração dele [Roberto Maciel Santos]”, declarou a delegada, que é titular da DP de Palmeira das Missões. Ela também relata que outros homicídios podem ter sido cometidos pelo mesmo grupo.
A corporação ainda aguarda os resultados da perícia dos celulares apreendidos com um dos suspeitos. Preso no fim de dezembro, em Santa Catarina, o homem de 24 anos é apontado como o executor do crime.
O crime
Na manhã de 24 de novembro, um homem encapuzado entrou sede da administração municipal e atirou diversas vezes contra o prefeito, que morreu no local, enquanto ele conduzia uma reunião. Após o crime, o autor dos disparos fugiu em um carro.
O servidor público Marcelo Wolff e o vice-prefeito, Ronaldo Machado da Silva, também foram baleados, mas sobreviveram.