A Polícia Federal se organiza para o primeiro depoimento do ex-ministro Anderson Torres após a prisão dele, no sábado passado. A previsão é que o procedimento ocorra no próprio prédio onde Torres está detido, no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), localizado no 4º Batalhão da Polícia Militar, em Brasília, a fim de evitar tumulto.
Cabe aos investigadores da PF decidir quando e onde ouvir o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, que teve o mandado de prisão expedido no último dia 10, por suposta omissão nos atos que acabaram com a invasão e depredação de prédios públicos dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
A expectativa de integrantes da corporação é que o depoimento ocorra até esta quarta-feira. No entanto, o trâmite vem sendo tratado com discrição, sobretudo porque Torres é um delegado da Polícia Federal.
A segurança do prédio está reforçada desde sábado, com um isolamento maior da área para afastar pessoas não autorizadas do perímetro do edifício. A defesa de Torres, no entanto, consegue acessar as dependências e esteve com o ex-ministro ao menos duas vezes desde a prisão.
Após o depoimento, há a possibilidade de Torres ser transferido para a Papudinha, ala especial no Complexo da Papuda para acomodar policiais e militares. No entanto, o esquema de segurança reforça a possibilidade de o ex-ministro continuar cumprindo a prisão preventiva no próprio Bavop.
Nessa segunda-feira, a cela onde Torres está passou por vistoria de promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que não constataram privilégios ao ex-secretário.
