O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu instaurar inquérito para apurar indícios de atuação criminosa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e dos comandantes da Segurança Pública do DF no dia dos atos de vandalismo registrados no último domingo (8), em Brasília.
A decisão de Moraes atende um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi publicada no Diário da Justiça desta sexta-feira (13).
Além de Ibaneis, serão investigados também o ex-secretário de Justiça do DF Anderson Torres, o ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e o ex-comandante da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira.
Nesta manhã desta sexta (13), o governador afastado foi à sede da Polícia Federal (PF) para prestar depoimento. Ibaneis chegou ao local para depor espontaneamente, por volta das 11h, segundo confirmou ao R7 um dos advogados dele, Cléber Lopes.
O emedebista foi afastado por 90 dias do governo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, referendada nesta quinta-feira (11) pelo plenário da Corte. O afastamento ocorreu após atos de vandalismo nas sedes dos três Poderes, no último domingo (8), em Brasília.
Reeleito nas eleições de 2022, o governador afastado disse, nessa quarta-feira (11), que acredita ter havido sabotagem de policiais militares durante as manifestações. Por meio dos advogados que o representam, Alberto Toron e Cléber Lopes, Ibaneis alega ter recebido informações incorretas sobre as ações de segurança na Esplanada dos Ministérios.
“O desenvolvimento das investigações tem, a cada dia, revelado e trazido fatos novos, que indicam uma espécie de sabotagem na ação de policiais militares. Indicam também que ele teve informações erradas e falseadas e que, portanto, não se pode dizer, de maneira nenhuma, que estivesse conluiado com o movimento que se deu no último domingo (8)”, afirmaram os advogados.