A nova presidente da Caixa, Rita Serrano, afirmou que a missão à frente do banco não vai ser fácil e que o desafio de modernizar a instituição, para que amplie a atuação na vida da população, é “auspicioso”. Segundo ela, o banco “sobreviveu à política de medo patrocinada pelo último governo”.
“Em 2020, quando tramitava processo para privatizar subsidiárias, veio a pandemia. Os empregados atenderam em tempo recorde a maior parte da população brasileira. Oito entre dez adultos”, disse Rita, durante fala inicial em cerimônia de posse, na Caixa Cultural, em Brasília. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
“Exemplo de resiliência, a Caixa resistiu novamente ao desmantelamento do patrimônio público e a política de assédio e medo”, reforçou. De acordo com ela, se hoje o Estado conta com banco público do porte da Caixa “é porque empregados, entidades e movimentos organizados empunharam a bandeira da defesa do banco público frente às iniciativas de privatização.”
Rita Serrano destacou a honra e felicidade de ser convidada para presidir a Caixa após 33 anos de banco. Ela declarou que isso só é possível por causa de um governo “ousado, comprometido com democracia, igualdade e justiça social”. Ao agradecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nova presidente do banco citou que a Caixa é uma instituição importante e comprometida.
A nova presidente da Caixa afirmou também que nasce uma “nova Caixa” com o compromisso de “reconstrução do País”. “Planejar uma nova Caixa para um novo Brasil, requer que pensemos no papel dos bancos na economia. A intermediação financeira deve servir como meio para a economia, para incentivar a produção e a geração de empregos. O papel do Estado neste cenário é central, inclusive na administração da crise, e na supervisão dos mercados financeiros. Para cumprir essa função, a atuação dos bancos públicos é fundamental, e investimentos estatais podem ser fatores de estabilização econômica”, destacou Rita.
A presidente prometeu que vai reorganizar o banco para cumprir o gerenciamento de programas governamentais de transferência de renda e do Minha Casa Minha Vida, ampliar parcerias com Estados e municípios em projetos de infraestrutura e avançar em tecnologia para oferecer melhores serviços aos clientes.
“A Caixa vai buscar rentabilidade com equilíbrio entre ações comerciais e atendimento à população. A Caixa vai investir em ações culturais. Por fim, vai atuar em temas relacionados às questões sobre sustentabilidade, humanização das relações de trabalho, tão importantes hoje no banco”, acrescentou, completando: “Juntos, unidos, é o que vamos fazer aqui no banco, e contribuir para o novo Brasil, presidente Lula”.