A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão vinculado ao Ministério da Economia, abriu nesta quinta-feira dois processos administrativos para investigar a Americanas.
A determinação ocorre após a varejista ter anunciado na noite da véspera que encontrou “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões.
A página da autarquia federal sinaliza que um dos processos visa a própria contabilidade da companhia, enquanto o outro vai tratar do anúncio do fato em si.
Apuração
Diante da situação, a Americanas informou que Otávio Yazbek, Vanessa Claro Lopes e Pedro Melo formarão o comitê independente encarregado de apurar as “inconsistências contábeis” nas contas da companhia. Segundo a empresa, o comitê vai iniciar as atividades “com a maior brevidade possível”. As conclusões devem ser apresentadas ao Conselho de Administração da companhia.
O gigante varejista garante também que vai mante os acionistas e o mercado em geral atualizados sobre qualquer andamento ou notícia em relação à apuração das inconsistências reveladas nessa quarta-feira.
O que disse o ex-CEO das Americanas
O agora ex-CEO da Americanas, Sergio Rial, disse, nesta quinta, que o problema que resultou nos R$ 20 bilhões em inconsistências no balanço da empresa se arrasta por cerca de sete a nove anos, sobretudo em função do “risco sacado que não era lançado com o dívida”.
Rial realizou uma reunião fechada com clientes do BTG Pactual e disse que a companhia vai precisar de capital. Por isso, contou que os acionistas de referência já foram contatados, e vêm mostrando comprometimento com a varejista.