PF confirma que liberou aproximadamente 40% dos presos por vandalismo em Brasília

Contingente é formado por idosos, com problemas de saúde, mães acompanhadas dos filhos e pessoas em situação de rua

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Polícia Federal confirmou que cerca de 40% das pessoas detidas em Brasília após os atos de vandalismo na praça dos Três Poderes foram liberadas “por questões humanitárias”, nesta terça-feira. O total de conduzidos passa dos 1,5 mil. Desses, 599 já deixaram a sede da Academia Nacional de Polícia – a maioria idosos, com problemas de saúde, mães acompanhadas dos filhos e pessoas em situação de rua.

Os manifestantes liberados foram embarcados em um ônibus e encaminhados à Rodoviária Interestadual de Brasília. Todos foram identificados e terão a participação nos atos de vandalismo investigada. Nesta terça, o interventor federal do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, disse que os adultos que levaram crianças aos acampamentos serão investigados por esse crime específico, por terem exposto menores de idade a um ambiente com depredação de patrimônio público.

Até o momento, 527 pessoas foram, de fato, presas, submetidas a exames no Instituto Médico Legal e, posteriormente, encaminhadas ao sistema penitenciário. Ainda conforme a PF, os procedimentos vêm sendo acompanhados, ininterruptamente, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde do DF, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Defensoria Pública da União.

A corporação garante que todos recebem alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar), hidratação e atendimento médico quando necessário. Além dos extremistas que destruíram as sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), foram detidas pessoas que resistiram à desmobilização do acampamento em frente ao Quartel-General (QG) do Exército.

Radicais espalharam notícia falsa sobre morte de idosa

Na noite dessa segunda-feira, a PF veio a público para reiterar que é falsa a informação de que uma mulher idosa havia morrido nas dependências da Academia Nacional de Polícia. A notícia falsa circula nas redes sociais acompanhada de uma foto retirada de um banco de imagens – usada em várias ocasiões, até mesmo por veículos de imprensa, para representar a população mais velha de forma genérica.