Perto de deixar comando do MPF, Aras fala em priorizar combate ao crime organizado em 2023

Sem citar a Lava Jato, procurador-geral também pontuou que é preciso 'punir maus empresários', mas preservar as empresas

Foto: Leonardo Prado / Secom / MPF / Divulgação

O procurador-geral da República, Augusto Aras, declarou nesta sexta-feira que vai priorizar o combate ao crime organizado no país em 2023. O mandato de Aras vai até setembro. A após a data, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa indicar o novo chefe do Ministério Público Federal (MPF).

“Em 2023, temos uma sagrada missão de defesa da nossa pátria, enfrentar o crime organizado. Há sinais que o Brasil hoje sofre um profundo ataque das organizações internacionais em consórcio com as nacionais. Temos que trabalhar sem dia para acabar”, disse, em vídeo publicado no Youtube.

O PGR também disse ser preciso que o Ministério Público “volte ao seu lugar” e que o órgão atue com unidade e respeito às atribuições e competências constitucionais e legais que lhe foram concedidas.

Sem citar a Lava Jato, Aras disse que a atuação do MPF não pode “criminalizar a política”. “Que jamais nós tenhamos uma força-tarefa, qualquer que seja ela, que criminalize a política, porque fora da política só tem guerra”, declarou.

Aras pontuou que, “ao preservar a política, nós preservemos o sistema jurídico, porque a paz em todas as épocas, em todas as eras e em todo processo civilizatório, só se faz com direito”, e que é necessário “punir os maus empresários”, mas preservar as empresas.