O governador reeleito Eduardo Leite afirmou que vai analisar os esclarecimentos para definir se a secretária estadual da Saúde, Anita Bergmann, permanece ou não no cargo, na próxima gestão. O tucano tratou do assunto no saguão do auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), antes da cerimônia de diplomacão.
Leite destacou que, no momento, a secretaria deve apresentar com clareza o que, de fato, ocorreu.
“Não há uma denuncia, não há uma apresentação de um caso de corrupção, mas há uma busca e apreensão que enseja certamente a observação do que, de fato, tenha acontecido para que a gente possa ter clareza”, pontuou, Leite. Ele também ressaltou que ainda não conversou com a secretária.
Arita Bergmann teve o celular apreendido no âmbito da Operação Septicemia, deflagrada pela Polícia Federal há 12 dias. A investigação apura uma suposta organização criminosa voltada a fraudar licitações e desviar recursos públicos em contratos de saúde.
A PF não detalhou o envolvimento da titular da Pasta no caso. Conforme a assessoria de Arita Bergmann, ela já teve o aparelho telefônico devolvido.
O que disse Arita
Em nota enviada à reportagem, a secretária explicou que “assim que tomou ciência dos fatos, comunicou ao governador”. “Arita registrou à Polícia Federal o seu compromisso com a responsabilidade, probidade da gestão com a saúde do Rio Grande do Sul e com a transparência de todos os atos realizados no âmbito da Secretaria Estadual da Saúde, assim como ofertou, desde já, sua disponibilidade para levantamento de quaisquer dados sob sigilo, inclusive bancários e telemáticos”, menciona o comunicado.
A manifestação ainda salienta que “a operação visa apurar contratos firmados com prefeituras, não havendo qualquer relação com a gestão de saúde estadual”. “Mais uma vez, a secretária se coloca à disposição da sociedade para qualquer esclarecimento”, completa.