A maioria das empresas do segmento de ótica (56,3%) do Rio Grande do Sul projeta resultados semelhantes para as vendas de Natal e Ano Novo, enquanto para 39,9% delas as expectativas são de vendas melhores que 2021. Esta é uma das conclusões da segunda rodada anual da Sondagem do Segmento de Óticas realizada pela Fecomércio-RS, que envolveu 385 entrevistas com estabelecimentos do segmento, selecionados de forma aleatória no estado, sendo todos optantes do Simples Nacional.
Mais de um quarto (27,3%) das empresas do segmento de óticas do Rio Grande do Sul misturam as finanças individuais e do negócio, enquanto 5,2% não sabiam avaliar. A pesquisa mostra que, diante da necessidade de tomar empréstimos, o uso de recursos próprios dos sócios é a alternativa mais usada (88,3%) pelos entrevistados, o que justifica que a grande maioria (89,4%) não tinha dívidas. No grupo dos entrevistados que indicaram estar fazendo uso de alguma linha de crédito (10,6%), um percentual baixo estava inadimplente – 1,0% do total de entrevistados.
GERENCIAMENTO FRÁGIL
Conforme o levantamento, a análise das finanças é feita de forma muito superficial por 25,5% dos entrevistados, de forma que esses indicadores apontam para uma parcela relevante de negócios com aspectos gerenciais frágeis. No entanto, poucos entrevistados têm a percepção de que questões de gestão podem ser um empecilho à expansão do negócio, com apenas 1,3% identificando a falta de estratégia e planejamento em relação à própria empresa como entrave ao crescimento das vendas.
Entre os empecilhos mais indicados, o alto custo para manter e comprar estoques (24,7%), apesar de menos citado que na edição anterior da sondagem, segue como o entrave mais apontado, seguido pela carga tributária (22,6%) e pela pirataria de produtos (15,8%).
Os resultados da sondagem apontam para um segmento que tem visto, de maneira geral, bons resultados das suas vendas. Os desafios atuais, no entanto, com destaque ao impacto dos juros elevados sobre o parcelamento e o risco de crédito, colocam ainda maior evidência na gestão do negócio para buscar e manter bons resultados”, avalia o Presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.