Quase oito em cada dez negociações salariais com data-base em setembro tiveram reajustes salariais proporcionais ou acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A informação consta do Relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ao apontar que 77,6% de 450 negociações ficaram no maior índice de reajuste nessas condições dos últimos 15 meses.
No total, 39,6% das renegociações ficaram acima do índice inflacionário, 38,0% tiveram resultados iguais e 22,4% fixaram reajuste abaixo da inflação. A variação real média dos reajustes de setembro foi de 0,13%, o primeiro valor positivo em dois anos.
No valor acumulado dos reajustes, a melhora nos resultados a partir da deflação dos últimos três meses não foi suficiente para reverter o quadro geral de 2022, que mantém apenas 21,6% dos reajustes acima da inflação e 41,9% abaixo.
No acumulado dos nove meses do ano, a indústria foi o setor que garantiu maior aumento salarial, com 27,6% das data-bases acima da inflação. No setor de serviços, porém, mais da metade dos reajustes ficou abaixo da inflação.
