Presos cinco suspeitos de ataque que matou menino de 12 anos em barbearia na zona Sul da capital

Barbeiro também morreu após ter sido atingido pelos disparos; nenhum deles era o alvo do ataque

Eliézer Samuel, morto enquanto cortava o cabelo. Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta sexta-feira, cinco homens em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo, no bairro Glória, na zona Sul de Porto Alegre, após denúncias de que faziam disparos na região. De acordo com a corporação, o grupo é suspeito de envolvimento no ataque a tiros a uma barbearia, no bairro Cascata, que vitimou duas pessoas, entre elas um menino de 12 anos, no fim de setembro. Outras duas ficaram feridas, incluindo o alvo do bando.

De acordo com a corporação, os cinco homens, tripulando dois veículos, atiraram contra outros dois, durante a tarde. A titular da 1ª Delegacia de Homicídios da capital, delegada Isadora Galian, informou à Rádio Guaíba que um dos alvos morreu baleado. Ela também revelou que o bando já era investigado por outro assassinato na região, ocorrido em 16 de outubro.

Também hoje, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma residência de luxo, alugada pelos criminosos e utilizada como “QG” da facção. Na ação, foram apreendidas cinco armas de fogo, entre as quais uma espingarda calibre 12, uma carabina CT 9mm e três pistolas 9mm, além de munição, dois veículos, luvas, máscaras e telefones celulares.

Vítimas não eram o alvo do grupo

Pelo menos 30 disparos foram efetuados, em 27 de setembro, contra a barbearia, localizada na esquina da Estrada dos Barcellos com a rua Dona Mosa. Os criminosos fugiram em um Ônix após o atentado.

Baleado na cabeça, Eliézer Samuel Silveira Lucas, de 12 anos, morreu no hospital. Ele cortava o cabelo no momento do ataque.

De acordo com testemunhas, o barbeiro Edgar Rodrigues Lisboa, de 26 anos, abraçou o garoto na tentativa de protegê-lo. Alvejado, ele também não resistiu.

Uma terceira vítima dos disparos – um homem de 23 anos – sobreviveu. Segundo a polícia, ele também não tinha envolvimento com o crime.

O alvo do atentado era um homem de 20 anos, que usava uma tornozeleira eletrônica, mas havia rompido o equipamento, e tinha uma ordem de prisão preventiva por homicídio. Atingido, ele chegou a ser internado em estado grave, mas resistiu.