Taxa de desemprego no terceiro trimestre é a menor desde 2015, diz IBGE

Desemprego recua para 8,7%, com novo recorde de trabalhadores sem carteira assinada

Foto: Agência Brasília

A taxa de desemprego no Brasil apresentou um recuo para 8,7% no terceiro trimestre deste ano. Esta é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015 e representa uma queda de 0,6 ponto percentual na comparação com o trimestre terminado em junho (9,3%) e de 3,9 pontos percentuais comparado com igual período do ano passado (12,6%). O resultado foi divulgado nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pnad Contínua.

Já população desocupada (9,5 milhões de pessoas) chegou ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, caindo 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano. Já a população ocupada (99,3 milhões) foi recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,0% (mais 1,0 milhão) comparado com o trimestre anterior e de 6,8% (mais 6,3 milhões) no ano.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57,2%, subindo 0,4 ponto percentual no trimestre e 3,1 pontos percentuais no ano. Foi o nível mais alto desde o trimestre terminado em outubro de 2015.

A taxa composta de subutilização (20,1%) foi a menor desde o trimestre terminado em março de 2016, caindo 1,1 ponto percentual no trimestre e 6,4 pontos percentuais no ano. A população subutilizada (23,4 milhões de pessoas) caiu 5,3% (menos 1,3 milhão) no trimestre e 23,8% (menos 7,3 milhões) no ano. Já a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (6,2 milhões) caiu 5,7% (menos 375 mil pessoas) no trimestre e 20,3% (menos 1,6 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre terminado em junho de 2017.

A pesquisa do IBGE revela ainda que a população fora da força de trabalho (64,7 milhões de pessoas) permaneceu estável ante o trimestre anterior e recuou 1,1% (menos 727 mil pessoas) no ano.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) foi de 36,3 milhões, subindo 1,3% (482 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 8,2% (mais 2,8 milhões de pessoas) na comparação anual. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,2 milhões de pessoas) foi o maior da série histórica, iniciada em 2012, apresentando estabilidade no trimestre e elevação de 13,0% (1,5 milhão de pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,7 milhões de pessoas. Tanto na comparação com trimestre anterior quanto na comparação anual houve estabilidade.O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões) permaneceu estável ante o trimestre anterior e subiu 9,9% (mais 532 mil pessoas) no ano. O número de empregadores (4,4 milhões) ficou estável no trimestre e subiu 14,5% (550 mil pessoas) no ano.