Após resistir a prisão e trocar tiros com a PF, Roberto Jefferson se entrega

Nesta manhã, ex-deputado desrespeitou ordem de prisão e feriu dois agentes da PF

Foto: Weleson Nascimento/PTB

O ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB, se entregou à Polícia Federal no início da noite deste domingo. Desde o início do dia, a PF tentava prendê-lo, mas Jefferson resistiu à ação policial, trocou tiros com funcionários da corporação, jogou granadas contra os policiais e feriu dois agentes.

Jefferson foi alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-deputado cumpria prisão domiciliar devido a uma série de ataques e ofensas nas redes sociais ao STF e aos ministros do Supremo. Ele é suspeito de chefiar uma organização criminosa com a finalidade de atentar contra a democracia e os poderes Legislativo e Judiciário.

No entanto, Jefferson desrespeitou medidas cautelares estabelecidas por Moraes para que pudesse ficar preso em casa, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de dar entrevistas e de usar redes sociais.

Em um vídeo publicado na internet, o ex-deputado xingou a ministra Cármen Lúcia, também do STF. “Fui rever o voto da bruxa de Blair, a Cármen Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan. Olhei de novo, não dá pra acreditar. Lembra mesmo aquelas prostitutas”, disse Jefferson, na gravação.

Dessa forma, Moraes determinou a revogação da prisão domiciliar e ordenou que o ex-deputado fosse preso de forma preventiva. Como Jefferson resistiu à ordem, o ministro renovou o mandado de prisão e mandou que a Polícia Federal o prendesse em flagrante por dupla tentativa de homicídio.

Após o ex-deputado se entregar, Moraes parabenizou o trabalho da PF. “Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais; Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos”, escreveu o ministro em uma rede social.