Durante evento de campanha em São Paulo, neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não se pode admitir censura”. Ele se referiu à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu a Jovem Pan de não falar sobre a situação jurídica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao conceder direito de resposta ao petista na programação da emissora, o TSE determinou que os comentaristas da empresa se refiram a Lula como “descondenado” e “ex-presidiário”. A determinação foi vista como censura por entidades de imprensa e gerou controvérsia entre os especialistas.
“Hoje, a população acordou para a importância da liberdade. Um homem e uma mulher sem liberdade não vivem. Não podemos admitir censura em nosso país. Ontem, quando cheguei para a sabatina, já que o ladrão fugiu, o descondenado escafedeu-se, o chefe de organização criminosa resolveu não aparecer, nós nos apresentamos”, disse Bolsonaro.
O chefe do Executivo realiza comício em Guarulhos e no fim da tarde pretende participar de uma live com a presença de políticos, atletas e demais apoiadores. “Hoje, a água da censura bateu na bunda de toda a imprensa brasileira. Imprensa tem que ter liberdade, até para errar. Imprensa calada é o pior que pode acontecer na democracia”, completou o presidente.
Bolsonaro afirmou que se for reeleito vai atuar para garantir a liberdade de imprensa. “Haverá maior independência entre os Poderes. Nós não queremos atrito, mas não podemos permitir que nossa liberdade continue sendo açoitada”, destacou.