Polícia Civil prende nove pessoas e apreende arsenal de facção criminosa com atuação na região Metropolitana de Porto Alegre

Conforme a instituição, prejuízo ao grupo criminoso ultrapassa R$ 500 mil

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Uma ação conjunta realizada nesta quinta-feira, entre as Polícias Civis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, terminou com a prisão de nove integrante de uma organização criminosa especializada no chamado “golpe dos nudes” e em tráfico de armas e entorpecentes. Além das prisões, os 56 agentes que participaram da ofensiva apreenderam um arsenal em um condomínio de Cachoerinha, na região Metropolitana. O armamento apreendido representou um prejuízo que ultrapassa R$ 500 mil ao grupo criminoso.

Conforme a Polícia Civil, o local da prisão em flagrante de que um dos integrantes da facção era utilizado como depósito de armas e drogas pela quadrilha. No apartamento, os policiais apreenderam 12 tijolos de crack, três tijolos de cocaína e três tijolos de maconha, além de quatro fuzis de calibre restrito às forças policiais, três espingardas calibre 12, três pistolas 9mm, munição e carregadores.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a investigação conjunta também demonstrou o modus operandi das facções criminosas, que se valem de parte do lucro obtido com o “golpe dos nudes” para financiar o tráfico de drogas e armamento.

Investigação

As investigações em Santa Catarina, que foram conduzidas pelo delegado Jackson Pessoa, resultaram na expedição de 10 mandados de prisão, 18 mandados de busca domiciliar, além das ordens de bloqueio de bens, uma vez que o objetivo era o de ressarcir vítimas do “golpe dos nudes”.

Em paralelo às investigações no estado vizinho, o delegado Wagner Dalcin havia iniciado diligência durante a eclosão de uma guerra entre facções em Porto Alegre, no mês passado, com o propósito de apurar o envolvimento de um criminoso egresso do sistema prisional com um dos grupos, notadamente financiando a compra de armas e entorpecentes.

De acordo com o policial, o principal alvo da investigação havia sido preso em flagrante em junho, em Cachoerinha, por porte ilegal de arma de fogo, e novamente em setembro, em Florianópolis, capital catarinense, após a expedição de mandados de prisão e de busca domiciliar na residência onde ele passou a morar.

Com essa última prisão, os órgão policias iniciaram uma troca de informações com o objetivo de articular ações conjuntas contra o grupo.