O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência da República pelo PT, divulgou, nesta quarta-feira, uma “Carta Pública ao Povo Evangélico”, reafirmando respeito pelas liberdades coletivas e individuais e compromisso com a liberdade de culto e de religião no Brasil. Já o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a “densidade” do documento.
A carta, divulgada no site oficial do petista e entregue a pastores durante evento em São Paulo, corresponde a um aceno aos eleitores religiosos aguardado por algumas alas da campanha, já que toca em temas considerados sensíveis pelos eleitores cristãos: aborto, drogas e valores familiares.
O ex-presidente cita ter “compromisso com a vida plena em todas as suas fases” e que é pessoalmente contra o aborto. Lula também reforça que esse “não é um tema a ser decidido pelo Presidente da República, e sim pelo Congresso Nacional”.
Lula reafirma compromissos, ainda, relacionados às drogas, valores e fé cristã, prometendo trabalhar para manter os jovens longe das drogas e dizendo que cabe às escolas “apoiá-los dialogando e respeitando os valores das famílias, sem a interferência do Estado”.
Citando trechos bíblicos ao longo da carta, ele ressalta que o governo contribuiu para “melhorar a vida de milhões de famílias brasileiras” e que foi no governo dele que as igrejas mais cresceram.
Bolsonaro critica carta
Já o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) criticou a carta aos evangélicos divulgada pelo adversário.
“Quem assinou? Quem assinou? Qual é o perfil de quem assinou? Tem igrejas? Qual a densidade?”, questionou Bolsonaro ao ser perguntado sobre o documento.