O Banco Central já deu início aos trabalhos do LIFT Challenge – Real Digital, o laboratório de execução de projetos de uso da futura moeda digital da autoridade monetária. A iniciativa é uma parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) que visa identificar as características fundamentais de uma infraestrutura para a moeda digital brasileira.
A previsão de duração do laboratório é de quatro meses, quando a expectativa é ter produtos maduros e iniciar os testes, possivelmente com valores, grupos e regiões limitadas. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem exaltado o modelo pensado para a moeda digital brasileira e espera vê-la digital em funcionamento em 2024, após vários pilotos em 2023.
A ideia do BC é permitir que os bancos tokenizem (representação digital de um ativo) seus depósitos de modo a oferecer aos clientes a possibilidade de usar divisas digitais sem precisar trocar os recursos mantidos no banco, um passivo direto da autoridade monetária.
Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores, que foi iniciada em abril e durou três meses.