Brasil pode ter redução de 22% no total de pessoas vivendo em extrema pobreza, diz Ipea

Em 2020, ONU previa que taxa brasileira saltaria de 5,1% para 9,5%

Foto: Edu Garcia/R7

As políticas de redistribuição de renda – que foram reforçadas com a aprovação da PEC dos Benefícios, no mês passado – devem deixar uma marca importante na redução da extrema pobreza no Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o total de pessoas vivendo nestas condições pode cair até 22% neste ano, na comparação com 2021.

Um estudo divulgado pelo órgão avaliou que o Auxílio Brasil representou, entre janeiro e agosto de 2022, aproximadamente 2,5 vezes a perda de renda do trabalho das famílias pobres. Em todas as regiões do país, houve uma relação diretamente proporcional na quantidade de empregos formais gerados e famílias acrescidas ao Auxílio Brasil.

Em média, para cada mil famílias incluídas no Auxílio Brasil, há a geração de 365 empregos formais. “A postura no enfrentamento à crise fez a diferença. Priorizamos o equilíbrio fiscal, o dinamismo econômico. Aí conseguimos, de fato, ampliar os programas sociais”, opina o presidente do Ipea, Erik Figueiredo.

Enquanto previsões do Banco Mundial apontam para 115 milhões de novos pobres por conta da pandemia, no Brasil a tendência é contrária. O Instituto projeta uma redução da taxa de extrema pobreza para 4,1% em 2022. Em 2020, a Organização das Nações Unidas (ONU) previu que a taxa de extrema pobreza brasileira saltaria de 5,1% para 9,5%.

Outra avaliação é que o crescimento da prevalência de desnutrição e insegurança alimentar no Brasil não tem impactado os indicadores de saúde ligados à prevalência da fome. Entre 2018 e 2021, o número de internações relacionadas à desnutrição, ao atraso do desenvolvimento, à kwashiorkor e ao marasmo nutricional apresentou queda.

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