Porto Alegre confirma transmissão comunitária de varíola do macaco

Dos 10 casos diagnosticados com a doença, cinco pacientes não tiveram histórico de viagem

Foto: NIAID-NIH

Com dez casos confirmados, Porto Alegre anunciou a transmissão comunitária da varíola do macaco. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou a informação na tarde desta sexta-feira. A comprovação ocorreu após o resultado positivo de um exame PCR realizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) em cinco pacientes sem histórico de viagem.

A transmissão é considerada comunitária quando não é possível rastrear a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre as pessoas, independentemente de terem ou não viajado para locais com comprovação de transmissão.

Dos dez pacientes confirmados para monkeypox, cinco tiveram histórico de viagens e cinco não. Ainda há 20 casos em investigação, enquanto 21 suspeitas foram descartadas, até o momento. Somente um caso necessitou de hospitalização na capital. O paciente já se recuperou. O estado do Rio Grande do Sul conta com 34 casos confirmados e 133 suspeitas ainda em análise. No Brasil, foram 2.584, até esta sexta, com um óbito, em Minas Gerais, de um paciente oncológico.

A prefeitura divulgou o Plano de Contingência Municipal da Varíola pelo Vírus Monkeypox. O documento descreve ações de atenção e vigilância em saúde, em todos os níveis de complexidade, para prevenção e enfrentamento da doença. A diretoria de Vigilância em Saúde enfatiza a profissionais que, no atendimento a casos suspeitos, realizem a notificação de casos que pertençam a grupos de risco – crianças menores de oito anos, gestantes e pessoas imunossuprimidas – à vigilância epidemiológica, pelos telefones 3289-2471 ou 3289-2472, de segunda a sexta, das 9h às 17h, ou durante as 24 horas do dia pelo celular de plantão (número conhecido dos serviços notificadores).

Os pacientes com suspeita ou confirmação de monkeypox devem ser orientados quanto ao isolamento domiciliar e a não compartilhar objetos com outras pessoas, ainda que residam em um mesmo domicílio. O período de incubação é de seis a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. Além dos cuidados com o contato, também é indicada a precaução contra gotículas respiratórias, por meio do uso de máscaras adequadas pela pessoa infectada.