Estudo do Ipea revela que deflação de julho não chegou para os mais pobres

Foto: Tânia Rêgo / Arquivo / Agência Brasil

O alívio verificado com a deflação verificada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, divulgado esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), foi percebida pelos consumidores de todas as faixas de renda. Entretanto, conforme o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta sexta-feira, 12, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o alívio foi menor para os mais pobres.

A queda média de preços, para os mais pobres, foi de 0,34% em julho, a metade do recuo de 0,68% registrado no IPCA. Os preços dos alimentos seguiram pressionando os orçamentos das famílias mais pobres. A faixa de renda mais baixa do indicador do Ipea inclui as famílias com rendimento domiciliar de até R$ 1.726,01 por mês. Já a faixa de renda mais elevada inclui as famílias com rendimento mensal domiciliar superior a R$ 17.260,14.

Para as famílias mais pobres, os alimentos seguem como a principal pressão no acumulado em 12 meses, ressaltou o relatório do Ipea. No caso das famílias de renda mais baixa, a maior pressão inflacionária nos últimos 12 meses reside no grupo alimentação e bebidas, impactada pelas altas expressivas de diversos segmentos, como farinhas e massas (20,0%); tubérculos (36,5%); hortaliças (27,2%), frutas (35,4%), leite e derivados (41,2%), aves e ovos (18,1%), panificados (18,2%) e óleos e gorduras (23,9%).

Já para as famílias mais ricas, a inflação acumulada em 12 meses vem de pressões no grupo transportes, refletindo os aumentos dos combustíveis (7,2%), além da alta no transporte por aplicativo (49,8%), das passagens aéreas (77,7%) e dos automóveis novos (17,5%).

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