RS emite alerta epidemiológico sobre a monkeypox

Estado registra, até o momento, 29 casos da doença, em 14 cidades

Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases/Reprodução

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) publicou, nesta quarta-feira, um alerta epidemiológico para a disseminação do vírus monkeypox, que provoca a varíola do macaco. O documento reforça as medidas de vigilância epidemiológica a serem adotadas pelos serviços de saúde do Rio Grande do Sul, tanto da rede pública quanto da rede privada.

Entre as ações recomendadas, a publicação cita a comunicação imediata dos casos suspeitos por parte dos profissionais de saúde às respectivas secretarias municipais de Saúde e à Secretaria Estadual da Saúde (SES); a coleta de amostras para confirmação diagnóstica em laboratório; rastreamento e monitoramento dos contatos do caso suspeito; e isolar o paciente.

Para acompanhar a situação da doença, a SES também instituiu, nesta quarta-feira, o Centro de Operações de Emergências (COE) da monkeypox no Rio Grande do Sul.

Até a tarde de hoje haviam sido confirmados 29 casos da doença em 14 municípios gaúchos. Mais 64 suspeitas seguem em investigação. O Brasil contabiliza, até o momento, 2.415 casos confirmados e declarou transmissão comunitária da doença (quando não há como definir uma cadeia de transmissão do vírus). Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 23 de julho, que a monkeypox é uma emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

É a primeira vez que a transmissão acontece em vários continentes, sem vínculo com viagens à África, região considerada endêmica, onde há décadas o vírus já circula.

Profissionais da Atenção Básica podem contar com o suporte do Telessaúde-RS para orientações e discussão dos casos, pelo telefone 0800-644-6534 (destinado exclusivamente a profissionais da saúde). Mais informações também podem ser encontradas no site da SES, em saude.rs.gov.br/monkeypox.

Fique sabendo

O quadro clínico do surto atual de monkeypox é caracterizado por sintomas de erupções cutâneas localizadas, por vezes em apenas uma parte do corpo. Não há, até o momento, relato de transmissão por assintomáticos ou em período de incubação (tempo entre o contágio e o início dos sintomas, que pode variar de 5 a 21 dias). A transmissibilidade se estende até a cicatrização completa das lesões.

O contágio acontece pelo contato direto com as lesões da pele ou com objetos contaminados, que o paciente tenha usado. A transmissão também pode ocorrer por gotículas respiratórias em caso de contato próximo.

Por isso, todo caso suspeito dever ser isolado, realizado teste laboratorial e notificado. Na ausência de complicações ou fatores de risco (como imunossupressão ou gravidez), o isolamento pode ser cumprido em domicílio, com os devidos cuidados do paciente com os demais coabitantes. A duração deve ser até a queda das crostas da pele e cicatrização das lesões. Durante esse período, a vigilância do município permanece em contato com a pessoa para o monitoramento.

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