STF analisa reajuste de 18% a ministros e servidores; salários podem chegar a R$ 46,4 mil

Pedido de reajuste foi feito por associações; colegiado decide na quarta-feira se o envia ou não ao Congresso, a quem cabe a decisão

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal analisa nesta quarta-feira (10), em sessão administrativa virtual, uma proposta de reajuste salarial de 18% aos magistrados federais — incluindo os ministros da Corte — e aos servidores do STF. A proposta de recomposição a magistrados foi feita por associações de classe. O salário dos ministros é R$ 39,3 mil e com a proposta pode chegar a R$ 46,4 mil.

Na sessão, os ministros vão decidir se encaminham ao Congresso Nacional projetos de aumento salarial. O reajuste só pode ser concretizado com o aval dos deputados federais e senadores. Na ocasião, o colegiado vai analisar também o projeto de orçamento da Corte para 2023, cuja previsão é de R$ 850 milhões. O orçamento de 2022 foi de R$ 767 milhões.

Se aprovados pelo colegiado e pelo Congresso, os reajustes serão pagos em quatro parcelas, sendo a primeira em abril de 2023, a segunda em agosto, a terceira em janeiro de 2024 e a última em julho daquele ano. Além disso, a quantia necessária será remanejada pelo orçamento do Judiciário, sem a necessidade de novos repasses.

O último aumento salarial dos ministros foi em 2018, após aprovado pelo Congresso e sancionado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), em 26 de novembro do mesmo ano. Na época, os magistrados da Corte recebiam R$ 33,7 mil e — com um aumento de 16,38% —, passaram a receber os R$ 39,2 mil atuais.

O salário dos ministros do Supremo é o teto do Judiciário e quando há aumento dos vencimentos ocorre o que se chama de “efeito cascata”, em que as remunerações dos juízes de todo o país também têm aumento no mesmo percentual.

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