Grêmio goleia Operário e chega a 17 jogos de invencibilidade na Série B

Tricolor marcou 5 a 1 na Arena e segue confortável no G-4 da competição

Foto: Fabiano do Amaral/CP

O Grêmio segue confortável no G-4 da Série B. A goleada por 5 a 1 sobre o Operário, na Arena, na noite desta terça-feira, também amplia a expressiva marca de invencibilidade na competição: o Tricolor chega a 17 jogos sem perder. Há quase um turno sem perder, o Tricolor vai a 43 pontos, e pode abrir para o quinto colocado, dependendo dos resultados da rodada.

Depois de um começo pouco organizado, Campaz abriu o placar no fim do primeiro tempo. No início da etapa final, Diego Souza marcou mais uma vez, e o terceiro foi de Biel. Elkeson marcou duas vezes no fim e decretou a goleada. Kalil anotou o de honra para os visitantes.

O Grêmio volta a campo no sábado, quando enfrenta o CRB, no Estádio Rei Pelé. A partida, válida pela 24ª rodada da Série B, acontece às 20h30min.

Pressão incomoda o Tricolor, mas Campaz marca no fim
Mesmo com a volta de Bitello de suspensão, Roger Machado optou por manter Lucas Leiva, de boa atuação na vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, no time titular. Desta forma, o time foi o mesmo que venceu a partida em Campinas, com o atacante Guilherme também entre os 11 iniciais. O lateral Nicolas, que era dúvida justamente por ter saído mais cedo por problema no ombro após uma queda, teve condições e foi para o jogo normalmente.

O Grêmio se mostrou, desde o início, o time mais organizado em campo. Biel sofria faltas em sequência quando acionado pela direita, e o Tricolor conseguia trocar passes no campo do adversário. Já o Operário, pressionado pelos donos da casa, não conseguia sair de trás sem ser na base do chutão e, rifando a bola, a oferecia insistentemente sempre de volta ao Grêmio.

Apesar disso, a primeira chance de perigo foi do Operário, em falha individual de Lucas Leiva. Aos 7 minutos, o volante teve um momento de desatenção e perdeu a bola para Felipe Garcia. O jogador do Fantasma roubou a bola e avançou com ela dominada. Bateu de longe e, mesmo com Brenno atento e na bola, ela desviou antes e foi para escanteio, evitando um prejuízo maior para o Tricolor.

O bom começo não se confirmou. Foi o Operário quem, depois de fazer sua primeira descida, teve mais finalizações. Aos 25, eram 3 mais perigosas dos visitantes. As descidas eram constantes nas costas de Rodrigo Ferreira, mais uma vez um dos piores do Grêmio em campo. Ele dava espaços, obrigando o time a fazer faltas pelo setor, o que se refletiu em bronca da torcida, que perdeu a paciência com o lateral.

A realidade poderia ter sido outra se, aos 26 minutos, a bola que ele recebeu na direita, campo de ataque, estivesse sido colocada em posição legal. Ele foi a linha de fundo e cruzou rasteiro para Guilherme, que complementou para o gol vazio, no que seria a abertura do placar. No entanto, nem precisou muito tempo para que o VAR confirmasse a posição adiantada de Rodrigo Ferreira, anulando o lance.

Até boa parte do primeiro tempo, o Grêmio teve dificuldade de finalizar em boas condições. Mas, no fim do primeiro tempo, voltou a ameaçar e melhorou. Aos 43, Guilherme recebeu, girou com categoria e bateu forte. Vanderlei defendeu e, no rebote, Biel bateu por cima. A chegada foi um prenúncio do gol, dois minutos depois. A bola sobrou na esquerda para Campaz e ele finalizou com força, no canto, sem chances para Vanderlei, abrindo o placar e levando o Grêmio com vantagem de 1 a 0 ao intervalo.

Segundo tempo com breve susto, mas ampla vantagem
A característica do jogo se manteve no início da segunda etapa. Logo aos 6 minutos, na primeira chance de gol, o Grêmio marcou. Villasanti ajeitou de cabeça, da entrada da área, buscando Diego Souza na marca do pênalti. O centroavante artilheiro ajeitou e, em um lance meio esquisito, mandou para as redes. A arbitragem flagrou impedimento mas, após revisão do VAR, o 2 a 0 foi confirmado.

A larga vantagem não durou muito. Em resposta na ofensiva seguinte, o Operário descontou. Agora, a investida foi pelo lado esquerdo da defesa. E o Tricolor voltou a ser vazado em um problema recorrente nos últimos jogos: pelo alto. Após o levantamento, Kalil, que havia entrado no intervalo, subiu mais que a zaga do Grêmio para descontar.

Mas o Grêmio não sentiu, especialmente porque encontrou no talento de Diego Souza não só um artilheiro, mas um garçom. Uma das referências técnicas do time foi o responsável por pelo menos meio gol deste terceiro do Tricolor. Aos 18, ele dominou a bola no meio e, cercado por jogadores do Operário, conseguiu achar grande passe em profundidade pelo meio para Biel. Livre, ele só teve o trabalho de deslocar Vanderlei para fazer o 3 a 1.

Com uma vantagem mais confortável, aí sim o Grêmio voltou a criar chances, inclusive para ampliar. E Roger conseguiu sacar seus dois reforços, que tiveram atuação mais discreta nesta terça-feira. Lucas Leiva e Guilherme deixaram o campo para as entradas de Bitello e Janderson. Depois, Elkeson e Gabriel Silva entraram nos lugares de Diego Souza e Campaz.

Ainda houve tempo para a arbitragem expulsar o zagueiro Thales, que fez falta dura em Elkeson, ao atingi-lo na nuca com as travas da chuteira. Com um a mais e já perto do fim, Elkeson deu números finais a goleada, anotando duas vezes. Assim, o Grêmio caminhou ainda mais tranquilo para a vitória, chegando ao 17º jogo de invencibilidade, consolidado no G-4 da Série B.

Série B – 23ª rodada
Grêmio 5

Brenno; Rodrigo Ferreira, Geromel, Bruno Alves e Nicolas; Villasanti, Lucas Leiva e Campaz; Biel, Guilherme e Diego Souza. Técnico: Roger Machado

Operário 1

Vanderlei; Arnaldo, Thales, Reniê e Fabiano; Ricardinho, Rafael Chorão e Tomas Bastos; Paulo Victor, Getterson e Felipe Garcia. Técnico: Matheus Costa

Gols: Campaz (45/1T), Diego Souza (6/2T), Kalil (10/2T), Biel (18/2T) e Elkeson (44, 48/2T)

Arbitragem: Bruno Arleu de Araújo (RJ)

Cartões amarelos: Bitello (Grêmio)

Cartões vermelhos: Thales (Operário)

Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)

Data e hora: 09/08, às 19h

Público: 11.387 torcedores

Renda: R$ 346.304,00