Alunos são atingidos por gás lacrimogêneo dentro de escola de Belo Horizonte

Corpo de Bombeiros foi acionado no Colégio Tiradentes, no bairro Prado, para realizar o socorro dos estudantes da unidade

Alunos foram levados para a UPA AKEMÍ DUARTE/RECORD TV MINAS

Na manhã desta terça-feira (9), alunos do Colégio Tiradentes, no bairro Prado, na região oeste de Belo Horizonte, foram socorridos após inalarem gás lacrimogêneo. A suspeita é que o uso de munição química em um treinamento da Polícia Militar tenha causado o vazamento. A major Layla Brunnella, porta-voz da PM, confirmou que houve um treinamento nesta terça-feira (9) na Academia de Polícia, no bairro Prado, que já estava previsto.  As causas do incidente vão ser apuradas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado ao local para fazer o resgate dos estudantes. Segundo o tenente Eduardo Moreira, cerca de 30 alunos foram atendidos na escola e 20 foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste. O estado de saúde deles é estável.

“Fomos acionados por volta de 8h, porque algumas crianças estavam com dificuldade respiratória. Quando chegamos, algumas delas estavam sendo atendidas pelos funcionários. Então, iniciamos a triagem. A substância parece que partiu de um treinamento. As causas do vazamento vão ser investigadas pela polícia”, relatou.

Outro caso

No dia 3 agosto, pais de alunos do Colégio Tiradentes, da unidade do bairro Santa Teresa, na região leste da da capital, registraram um boletim de ocorrência relatando um caso parecido. De acordo com o documento, adolescentes entraram em pânico e reclamaram de ardência nos olhos. A instituição é vizinha do 16º Batalhão da Polícia Militar e, durante o treinamento com os policiais, a substância acabou se dissipando para fora da corporação, chegando até as salas de aula.

No mesmo dia, a PM enviou um comunicado aos pais informando que “durante o treinamento do tático móvel houve uso de gás lacrimogêneo. Embora o local utilizado tenha sido avaliado como adequado, houve mudança na direção do vento, levando algumas partículas de gás para a área do Colégio Tiradentes”. Ainda esclareceu que a substância, na concentração com que chegou ao colégio, não gera nenhuma intercorrência física, mas, mesmo assim, o comando garantiu que não haveria mais esse tipo de treinamento nos horários escolares.