Cobrança para permanência no Aeroporto Salgado Filho divide opiniões entre motoristas

Terminal registrou movimento tranquilo durante a manhã desta segunda

Por volta das 8h, era necessário aguardar cerca de 30 segundos na fila para entrar. Foto: Rádio Guaíba

A cobrança pela permanência no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, entrou em vigor nesta segunda-feira (8) e divide opiniões entre os motoristas. O controle de acesso no terminal estava em fase de testes há três meses – e prevê que, a cada 10 minutos, R$ 20 sejam cobrados dos condutores no setor de embarque e desembarque.

O aeroporto registrou um movimento tranquilo durante a manhã, sem a formação de filas nas cancelas de acesso. Por volta das 8h, era necessário aguardar cerca de 30 segundos na fila para entrar no terminal. Para sair, o tempo de espera chegava a um minuto – fator que preocupa, principalmente, os taxistas e motoristas de aplicativo.

“Deveria ser 15 minutos, no mínimo. Até 20 é o normal, e dez é muito pouco. Dá uma correria. Tenho que dizer para sair rapidinho, se não eu pago o estacionamento. Ainda não aconteceu, mas tem que ser muito controlado. Se não, o cara baila mesmo”, ressalta Genior Giongo, que presta serviços em ambas as modalidades de transporte.

Por outro lado, outros usuários do aeroporto defendem que a mudança tem aspectos positivos. “Antes, o problema era achar área para estacionar. Acho que isso vai normalizar o negócio. Como não tinha regulamentação, o pessoal se aproveitava”, pondera André Guimarães, que deixou familiares de Belo Horizonte no terminal.

A Estapar, empresa responsável pela operação das cancelas do Salgado Filho, oferece três pontos de autoatendimento para o pagamento da taxa. Eles ficam dentro do terminal, nos estacionamentos e nos totens próximos às cancelas de saída. A orientação é de que os motoristas usem as vagas rotativas caso precisem ficar mais de 10 minutos no local.

O sistema foi instalado no aeroporto em abril. Desde então, dois adiamentos na data de início da cobrança foram impostos pela Fraport, empresa responsável pela administração do Salgado Filho. Os motivos foram problemas na emissão dos tíquetes e no funcionamento das próprias cancelas, que estavam causando filas no acesso ao terminal.