Queiroga admite dificuldade com vacinas e prioriza estruturar laboratórios contra varíola do macaco

Ministro da Saúde disse que não há imunizante específico para a doença e que trabalha com outros países para obter doses

Foto: Reprodução/MS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, neste domingo, durante evento alusivo à vacinação infantil contra poliomielite, em São Paulo, que a prioridade da pasta no combate aos casos de varíola do macaco é estruturar a rede de diagnósticos no país.

Queiroga lembrou que o Ministério trabalha nesse tema desde maio, antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecer o vírus monkeypox uma emergência global. “Logo no princípio, o Brasil preparou quatro dos grandes laboratórios (Adolfo Lutz, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Funed) para que esse diagnóstico pudesse ser realizado com precisão”, afirmou.

O ministro participou junto com outras autoridades de saúde do lançamento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e da Multivacinação de 2022, na avenida Paulista, em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Em relação aos imunizantes, Queiroga disse que não há uma vacina específica para combater a doença. “As que estão se usando é a da varíola, Sanofi é uma das que produz, mas não em escala […]. O número de vacinas é muito restrito. Trabalhamos com os demais países para conseguir essas vacinas”, informou.

“A prioridade agora é estruturar rede de laboratórios, fazer isolamento e a comunicação eficiente com a sociedade para que cada um saiba as formas de contágio”, disse. Queiroga afirmou ainda que não se pode cometer os “mesmos erros do passado” ao discriminar pessoas que se infectarem.

Campanha contra a poliomielite
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu, também neste domingo, que pais e responsáveis levem crianças de todo o país para se vacinar contra a poliomielite.