Eleições 2022: Rio Grande do Sul tem mapa completo da disputa eleitoral

Onyx Lorenzoni e Vieira da Cunha completaram suas chapas na última sexta-feira

Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

Com o fim do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para a realização das convenções partidárias, os mapas das disputas estão completos. No Rio Grande do Sul, serão dez candidaturas disputando o Palácio Piratini.

Considerando as principais pendências que marcaram os últimos dias, está o desfecho do União Brasil, que conseguiu viabilizar a costura política necessária para minimizar as resistências de integrantes da cúpula nacional e manter o apoio a Eduardo Leite (PSDB). O foco era a vice, que ficou com Gabriel Souza (MDB).

Originalmente, o anúncio oficial era esperado para esta sexta-feira, mas acabou ocorrendo pouco depois das 23h de quinta-feira, pegando muitos de surpresa. A manifestação, transmitida na internet e com a presença de lideranças dos partidos, ocorreu logo depois que Leite chegou de uma ida a São Paulo, justamente para conversar com líderes nacionais do UB, que ocupou cargos importantes no governo Leite, cenário que segue na gestão de seu sucessor Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).

Temeroso de que algum revés envolvendo as investidas do candidato do PL ao Piratini, Onyx Lorenzoni, pudesse acontecer, Leite pediu aos aliados que o anúncio fosse realizado naquele momento, apesar do adiantado da hora.

Em relação ao PDT de Vieira da Cunha, cuja expectativa era a formação de chapa pura, o isolamento acabou rompido com o apoio do Avante, que indicou Nado Teixeira (Avante) ao Senado.

Dez candidatos concorrem ao governo do RS

O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) volta à corrida pela cadeira no Palácio Piratini com Gabriel Souza (MDB) como candidato a vice, após intenso embate interno no MDB, com nomes influentes insistindo em candidatura própria. Vai ser a primeira vez, em dez eleições após a redemocratização, que a sigla não concorre na cabeça de chapa. Nessa aliança, com seis partidos, Ana Amélia Lemos (PSD) disputa o Senado. Já o Podemos, que também fechou apoio a Leite, retirou o nome de Lasier Martins à reeleição, colocando-o na disputa por uma vaga na Câmara Federal.

Onyx Lorenzoni (PL) concorre tendo na chapa Claudinha Jardim (PL) como vice, e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos) como postulante ao Senado. Atual ocupante de uma das cadeiras no Congresso, o senador Luis Carlos Heinze (PP) concorre com Tanise Sabino (PTB) na vice e com a Comandante Nádia (PP) buscando vaga de senadora. Roberto Argenta (PSC), que vai ter Nivea Rosa (Solidariedade) no posto de vice, definiu ao Senado o nome de Maristela Zanotto (PSC).

No campo mais à esquerda, Edegar Pretto (PT) vai ter Pedro Ruas (PSol) como candidato a vice-governador e Olívio Dutra (PT) ao Senado, em um mandato que promete ser coletivo. A chapa marca a união inédita de PT e PSol no RS. O PSB, após desistência de Beto Albuquerque, concorre com chapa pura, tendo o ex-vice-governador Vicente Bogo na cabeça de chapa, Josi Paz na vice e Airto Ferronato na disputa da cadeira de senador. Outras siglas desse campo que também terão chapas puras são o PSTU, única nominata formada somente por mulheres, com Rejane de Oliveira ao governo, Vera Rosane a vice e Fabiana Sanguiné ao Senado, e o PCB, que vai ter apenas candidatos ao Piratini e a vice: Carlos Messala e Edson Canabarro, respectivamente.

O PDT recebeu o apoio do Avante, oficializado nesta segunda-feira. Vieira da Cunha concorre ao Piratini ao lado da Professora Regina (PDT), que busca a vaga de vice, e do Professor Nado, que tenta o Senado.

O Novo, a exemplo do que ocorreu em outros pleitos, optou por não buscar coligações e não lançar nome ao Senado. Assim, Ricardo Jobim concorre a governador, e Rafael Dresch compõe a chapa na disputa como vice.