Uma organização criminosa que dominava um condomínio do “Minha Casa, Minha Vida” em Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, é alvo do Ministério Público e Brigada Militar nesta sexta-feira (5). Ao todo, 57 ordens judiciais – sendo 17 de prisão e 11 de busca e apreensão – são cumpridas por 232 agentes.
A investigação apurou que, além de armazenar drogas em apartamentos próprios, o grupo também obrigava moradores a guardarem os entorpecentes. Algumas pessoas tiveram de abandonar as suas casas em razão das ameaças dos criminosos. A facção é comandada por dois irmãos, que cumprem pena na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas.
“Os requisitos necessários para o decreto de prisão estão presentes, uma vez que a associação dos investigados fomenta o tráfico de drogas na região, podendo inclusive gerar outros delitos autônomos como furtos e roubos praticados por usuários de entorpecentes”, ressalta o promotor de Justiça João Afonso Silva Beltrame.
A suspeita é de que as drogas chegavam a Santo Antônio da Patrulha vindas de Canoas, onde funciona outro braço da quadrilha. A venda dos entorpecentes acontecia à luz do dia, em frente ao condomínio onde 20 apartamentos estavam sob o controle dos suspeitos. Os moradores que não colaborassem com o esquema eram expulsos do local.
“Realizamos um trabalho intenso com Inteligência e ações efetivas, que vêm dando resultados, há quatro meses, para o combate ao tráfico nesse local e a outros crimes associados a ele, promovendo, por consequência, a possibilidade de famílias retomarem uma vida segura no residencial”, afirma o comandante do 8º BPM, major Fábio Hax Duro.
Dos 17 mandados de prisão cumpridos no decorrer da força-tarefa, cinco foram dentro do sistema prisional. Isso porque os líderes do esquema já estavam atrás das grades. Já as ordens judiciais de busca mobilizaram equipes em Santo Antônio da Patrulha, Canoas, Nova Santa Rita, Charqueadas e Osório.
