Sob críticas da China, avião que levou Nancy Pelosi a Taiwan é o mais seguido da história, confirma site

Mais de 700 mil pessoas acompanharam a movimentação virtualmente

Foto: Taiwan Ministry Foreigners/Reprodução

A aeronave que transportou a congressista norte-americana Nancy Pelosi, nesta terça-feira, para uma visita diplomática a Taiwan, bateu recordes de acesso ao site Flightradar24, que acompanha o trajeto de voos em tempo real. A plataforma de rastreamento informou mais de 700 mil espectadores monitoraram a aterrisagem do avião na ilha asiática – marco que torna a viagem mais seguida na história da empresa.

De acordo com o portal, o voo levando a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos registrou mais de 200 mil observadores momentos após partir de Kuala Lumpur, na Malásia. O site também informou que a quantidade de seguidores crescia à medida da aproximação da aeronave da capital taiwanesa, Taipei.

Desde a visita do então presidente da Câmara, Newt Gingrich, em 1997, Pelosi é a mais representativa congressista dos EUA a pousar em Taiwan. A viagem reacende os desgastes entre líderes norte-americanos e chineses – que não reconhecem a região como um país independente.

Em relação à agenda de Pelosi, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China classificou a visita da parlamentar como ‘violação severa do princípio de Uma Só China’ que ‘infringe severamente a soberania e a integridade territorial da China’.

Desde a chegada da congressista, Taiwan relatou 21 incursões de forças militares chinesas na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do país. Em contraponto, fontes militares informaram que também havia navios de guerra dos Estados Unidos navegando pelas águas da região no momento em que a presidente da Câmara dos Representantes chegou à ilha.

Entenda o conflito entre China e Taiwan

A Revolução Comunista, em 1949, que levou Mao Tsé-Tung ao comando da China, causou a fuga de dissidentes que se refugiaram na região de ilha Formosa. Liderados pelo general Chiang Kai-shek, os refugiados escolheram a cidade de Taipei, como centro político e administrativo da península que mais tarde se converteu em uma democracia semipresidencialista que vigora até hoje.

O estado insular, que contabiliza 24 milhões de habitantes, nunca teve a soberania reconhecida pela China. Mesmo sem o controle territorial da ilha, o país considera que Taiwan é uma das províncias históricas chinesas e reivindica a posse sobre a área.