Covid: estudo estima 4,2 mil vidas de idosos poupadas por ano, no RS, devido a vacina

Conclusões ainda apontaram que, no caso das pessoas de 12 a 39 anos, foram evitadas mais de 50 mortes e, no grupo de 40 a 59, mais de 400

Governador Ranolfo e chefe de Gabinete Flávia Colossi Frey na reunião virtual do Gabinete de Crise. Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

O governo estadual apresentou, nesta quarta-feira, um estudo estimando que mais de 4,2 mil vidas de idosos foram poupadas, por ano, graças à vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul. Os detalhes foram divulgados durante a reunião do Gabinete de Crise. Para chegar à estimativa, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), que emite os boletins epidemiológicos relacionados à doença, comparou dois indicadores: a taxa de mortalidade pela Covid a cada 100 mil pessoas-ano do grupo que já tomou a dose de reforço com a taxa do grupo com esquema primário completo há mais de quatro meses (ou seja, com a dose de reforço em atraso).

O boletim analisou dois cenários, em três faixas etárias (de 12 a 39 anos, de 40 a 59 e de 60 anos ou mais), sendo a dos idosos a que apresentou o maior número potencial de vidas preservadas em razão do reforço vacinal.

Entre os idosos, o estudo apontou que a razão de risco para óbito era 4,4 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com esquema primário completo sem atraso e 7,7 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com terceira dose.

Na faixa dos 12 a 39 anos, conforme o estudo, a razão de risco para óbitos era 5,8 vezes maior para os não vacinados em relação aos com esquema primário completo e 6,3 maior para não vacinados comparados a vacinados com a terceira dose. Nesse grupo, o estudo demonstrou que o número potencial de óbitos evitados chegou a pouco mais de 50 por ano.

Já na faixa dos 40 aos 59 anos, o risco de óbito para quem não tomou vacina e quem teve o esquema primário completo sem atraso é de 5,7 e salta para 11,5 mais para os não vacinados comparados àqueles com dose de reforço. Mais de 430 óbitos foram evitados com o esquema vacinal, completa a estimativa.

Sistema 3As

Nesta semana, não foram emitidos avisos ou alertas para as 21 regiões do sistema 3As de monitoramento, que gerencia a pandemia de Covid-19 no Rio Grande do Sul. Segundo os dados divulgados, a situação hospitalar pe de estabilidade no número de internados em razão da Covid.

A situação, no entanto, é considerada delicada em razão das taxas de ocupação na UTIs hospitalares – como se costuma verificar usualmente no inverno – e o risco da entrada das subvariantes, que podem gerar um aumento da demanda pelos leitos Covid.

Veja dados atualizados da Covid-19 no RS:

• A média móvel de casos confirmados caiu 12,9% em relação à semana passada. Com isso, a incidência semanal de casos ficou em 171 a cada 100 mil habitantes;

• O número de internados suspeitos e confirmados aumentou em 60, um crescimento de 37 pacientes em leitos clínicos e de 23 em UTIs;

• O número de internados em Leitos Clínicos, suspeitos e confirmados, é de 666, um aumento de 5,9% quando comparado à semana passada;

• O número de internados em UTIs, suspeitos e confirmados, é de 194 – 13,5% a mais que na semana passada;

• Foram incluídos 71 óbitos na semana, uma média de 10,1 óbitos por dia, representando uma redução de 34,9% em relação à média móvel de uma semana atrás;

• A taxa de ocupação hospitalar das UTIs adulto no RS é de 88% – 93,1% no SUS e 79,3% na rede privada;

Status da Vacinação (% da população residente):

• 87,9% – pelo menos uma dose

• 81,3% – esquema vacinal completo

• 56,5% – dose de reforço

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