Anvisa decide nesta quarta se libera Coronavac para crianças de 3 a 5 anos no país

Reunião vai ser transmitida no canal da agência no YouTube

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide, nesta quarta-feira, se libera a aplicação da vacina Coronavac, contra a Covid-19, para crianças de 3 a 5 anos de idade. O imunizante, produzido pelo Instituto Butantan, já é usado em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos no Brasil.

Quando pediu a autorização do uso da Coronavac para crianças acima de 6 anos, em janeiro, o Butantan já pedia a liberação a partir dos 3 anos de idade. A Anvisa, no entanto, avaliou naquela época que os dados apresentados ainda eram insuficientes para ampliar o público.

Em março, a agência recebeu um novo pedido do Butantan para incluir a faixa etária de 3 a 5 anos na indicação da bula da Coronavac. Em junho, a agência recebeu dados adicionais sobre a vacina, que devem ser avaliados agora para uma nova decisão.

Também foram consultadas sociedades médicas e pesquisadores ligados ao projeto de pesquisa Curumim, que testa a eficácia da Coronavac em crianças e adolescentes. A pesquisa é realizada pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo, com apoio da Fiocruz, do Instituto Butantan e da Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo.

A reunião desta quarta-feira com a diretoria da Anvisa ocorre a partir das 14h30min, com transmissão pelo canal da agência no YouTube.

A vacinação de crianças é vista por sociedades médicas como uma estratégia importante para evitar quadros graves de Covid-19 nessa faixa etária. Levantamento realizado pelo Observatório da Primeira Infância, da Fiocruz, identificou a morte de duas crianças menores de cinco anos pela Covid-19 por dia no Brasil, desde o início da pandemia. Nos últimos meses, grupos de pais organizados nas redes sociais vêm cobrando celeridade para a aprovação da vacina.

A imunização de crianças menores de 5 anos já ocorre em outros países, como os Estados Unidos, que liberaram o uso emergencial das vacinas da Moderna e da Pfizer em bebês a partir de 6 meses de idade. No Chile, a Coronavac é aplicada desde dezembro do ano passado em crianças a partir de 3 anos, o que também ocorre na China e em Hong Kong.