Pesquisa revela que menos de 10% das profissões teve aumento real

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Apenas 12 de 140 profissões tiveram aumento real no salário médio dos trabalhadores no ano passado. Este é o resultado de um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), e significa que, descontada a inflação, 128 ocupações estão oferecendo salários de contratação menores do que há um ano.

Foram eliminadas do levantamento as profissões menos relevantes do ponto de vista quantitativo, restando as 140 maiores – responsáveis por 72% das ocupações atuais no mercado formal. A profissão que ocupa a primeira posição dentre as 12 que tiveram aumento real no salário de contratação é a de médico clínico. A ocupação registra R$ 10.883,65 como salário médio de admissão, um aumento de 35,6% em relação a maio de 2021, já descontada a inflação acumulada no período.

Entre as  demais profissões com alta nos salários estão professor de nível médio no Ensino Fundamental (R$ 3.329,17 – aumento de aumento de 15,6%, controlador de entrada e saída (R$ 2.341,36 – aumento de 8%) e professor de nível superior na Educação Infantil (R$ 2.402,32 – aumento de 4,9%).

O estudo envolve o salário médio de admissão de 2.608 profissões classificadas segundo a CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), tendo como base dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Não é o mesmo que salário inicial. O salário médio de admissão leva em conta os rendimentos de todas as pessoas com determinada profissão e que foram contratadas naquele período.