Polícia Civil faz operação contra homicídio ocorrido no bairro Restinga, em Porto Alegre

Mandante do crime foi um apenado da Penitenciária Estadual do Jacuí, que exerce liderança de uma facção criminosa

Ação com 13 ordens judiciais foi conduzida pela 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP) | Foto: PC / Divulgação / CP

O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira a operação Epsilon com o objetivo de cumprir dez mandados judiciais de busca e apreensão e outros três mandados de prisão no bairro Restinga, em Porto Alegre, além de Capão da Canoa e na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ) em Charqueadas.

A ação foi comandada pelo titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP), delegado Rodrigo Pohlmann Garcia. Os alvos foram os envolvidos na execução de um indivíduo morto a tiros na madrugada do dia 16 de maio deste ano no beco 8 da rua Treze de Maio, no bairro Restinga.

Entre os presos na ação desta quinta-feira está o mandante do crime. Trata-se de um apenado que exerce a liderança de uma facção criminosa que atua na região do bairro Restinga. Ele determinou a execução da vítima por meio de uma ligação de telefone efetuada no momento do crime. O detento cumpre pena há cerca de 16 anos na PEJ, mas permanece ativo no comando do narcotráfico na área.

O segundo alvo, apontado como um dos executores da vítima, também encontra-se recolhido na PEJ, após ter sido detido em flagrante por tráfico de drogas no dia 23 de junho passado, 38 dias depois do homicídio. Já o terceiro investigado não foi localizado e está foragido. “Há possibilidade de que outros indivíduos tenham participado do homicídio”, observou o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia.

“Os envolvidos foram até a residência da vítima e a chamaram, pediram que ele saísse de dentro da residência e que abrisse o portão, pedido o qual ele se negou atender, em seguida um dos envolvidos sacou uma pistola e, atendendo a determinação da liderança, efetua diversos disparos na vítima”, relatou o titular da 4ª DPHPP.

“A execução foi realizada na frente da genitora da vítima, de sua esposa e filho pequeno, os quais foram ameaçados de sofrerem o mesmo fim, se algo fosse revelado à polícia. No outro dia, indivíduos da mesma facção estiveram na residência e expulsaram toda a família, a qual acabara de voltar do enterro da vítima”, contou.

“Apenas foi permitido pegarem roupas que o filho pequeno usava, o restante foi furtado pela facção, inclusive, se apoderaram dos animais de estimação que a família possuía e que pertenciam à vítima, cinco cavalos, bem como ficaram com a receita do recolhimento de latinhas, entre outros objetos, que haviam na casa e que servia para o sustento da família”, acrescentou o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia. A investigação da 4ª DPHPP apurou que “a vítima não queria mais se envolver com o tráfico de drogas, algo que não é aceito pelo grupo criminoso”.

A operação contou com o apoio das outras DPHPPs da Capital, da Delegacia de Desaparecidos, da DP de Capão da Canoa e da Brigada Militar, cujo efetivo atua na PEJ.

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