Sepultadas vítimas de acidente na BR 386, em Constantina

Pacientes, que eram ocupantes de uma van, tinham entre 31 e 67 anos de idade

Foto: Eduardo Nervis Krais/Folha da Produção/CP

As sete vítimas do acidente entre um caminhão e uma van, na BR 386, ocorrido na manhã dessa segunda-feira, foram sepultadas, nesta terça-feira, após serem veladas em quatro pontos diferentes do município de Constantina, no Norte gaúcho. O clima era de muita tristeza e comoção.

Os velórios se iniciaram, ainda na noite de ontem, no Salão Comunitário do bairro São Roque, na Capela Mortuária de Constantina, na Igreja Evangélica Assembleia de Deus e no Salão da Comunidade de São Marcos Alto, esse último no interior do município.

Com a presença de familiares e amigos foram sepultados Magno Zanella, de 48 anos, Wilson Ramos, de 67, Adazila de Oliveira Ramos, de 64, Ana Bruna Cavalheiro da Silva, de 31, Helena Vitória da Silva Rodrigues, dois meses, Geni Emília dos Santos, de 50 anos, e Silvana Remonti Zenatti, de 41.

Acidente

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias e responsabilidades no acidente. Segundo a PRF, o caminhão graneleiro, com placas de Palmitinho, invadiu a pista contrária e bateu de frente contra a van da Secretaria Municipal de Saúde de Constantina, que transportava pacientes para hospitais da região e trafegava em direção a São José das Missões. No trecho, a ultrapassagem é proibida.

O condutor do caminhão, de 22 anos, alegou que dormiu ao volante. No entanto, uma das linhas da investigação é a de que o veículo de carga possa ter feito uma ultrapassagem indevida. O teste do bafômetro deu negativo. De acordo com a Polícia, o caminhoneiro pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Agricultor escapou da morte

O agricultor Moacir Castaman, de 68 anos, escapou do acidente. Ele previa embarcar na van, rumo a Jaboticaba, a fim de fazer exames relacionados a um problema na pele. No entanto, se atrasou e perdeu a hora da saída.

“Acordei era 1h da manhã, e resolvi voltar a dormir, pois era muito tempo de espera para sair de casa. Quando acordei novamente já eram 6h30min, o horário que o transporte deveria sair”, disse ele.

Mesmo assim, Moacir buscou um posto de saúde. Ele chegou pouco depois das 7h e recebeu a informação sobre o acidente. “Minha família ficou em choque, pois todos pensavam que eu estava na van, pois eu era o primeiro da lista. Minha irmã me ligou de Chapecó, e eu falei para ela que não estava na van, só então ela me alertou para avisar o restante dos familiares”, disse.

Ele informou que antes de retornar para casa, distante 15 quilômetros do Posto de Saúde, ligou para uma vizinha, para avisar que não havia embarcado. Ela então se deslocou até a propriedade rural de Moacir para avisar a esposa dele.