A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer ouvir o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, e o do Banco do Brasil, Rubem Novaes, sobre a eventual interferência em decisões das estatais pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a PGR, as oitivas são importantes para trazer elementos para avaliar o teor das acusações.
Roberto Castelo Branco afirmou em entrevista que, ao sair do cargo, entregou à Petrobras, no celular funcional, diálogos que podem incriminar o presidente. A suposta intenção era interferir nos preços aplicados sobre o combustível para obter aceitação eleitoral.
De acordo com a PGR, os elementos enviados à instituição até o momento não são suficientes para caracterizar o crime. Por conta disso, são necessárias mais diligências relacionadas ao caso.
O documento é assinado pela vice-procuradora-geral da república, Lindôra Araújo. “Os elementos apresentados até o presente momento não comportam convicção ministerial suficiente para a instauração da investigação pleiteada. Todavia, o diálogo mantido e de teor não negado pelos interlocutores suscita maiores esclarecimentos que podem nortear providências investigativas não açodadas ou temerárias”, escreveu.
O pedido deve ser examinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.