Parte do país começa a liberar quarta dose contra a Covid a menores de 40 anos

Ministério da Saúde indica segunda dose de reforço só para pessoas acima dessa faixa etária e, no caso dos mais jovens, imunossuprimidos e profissionais de saúde

Foto: Guilherme Almeida/CP

Estados e prefeituras começaram a liberar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas com menos de 40 anos, em meio à alta de casos e mortes pelo novo coronavírus.

O reforço do imunizante é liberado para quem tomou a terceira injeção há pelo menos quatro meses. O Ministério da Saúde liberou a aplicação da quarta dose para pessoas de 40 anos ou mais, mas ainda não deu sinal verde para o público mais novo, a não ser em alguns casos, como os de imunossuprimidos e profissionais de saúde.

O Distrito Federal anunciou, na última quinta-feira, o início da aplicação da segunda dose de reforço para a população com mais de 35 anos a partir de 1º de julho. Já a prefeitura de Manaus autorizou na sexta-feira, a quarta dose para pessoas a partir dos 18 anos de idade. Aracaju também já vacina a população com mais de 35 enquanto, em Vitória, pessoas acima de 30 anos já podem receber a dose de reforço.

Na cidade de São Paulo, a vacinação está disponível apenas para pessoas com mais de 40 anos, mas em Botucatu, a partir desta segunda-feira, a população com 29 ou mais, já pode receber a dose. Desde o ano passado, a cidade do interior paulista vem seguindo um calendário mais adiantado do que os demais municípios do Estado por ter participado de um experimento de imunização em massa com a vacina Oxford/AstraZeneca.

No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) aguarda a autorização pelo Ministério da Saúde. Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal da Saúde começou hoje a vacinar pessoas com 42 anos ou mais. O cronograma termina nesta terça, quando as pessoas de 40 anos ou mais poderão procurar os pontos de imunização.

O Ministério da Saúde não indica a aplicação do reforço do imunizante contra Covid-19 em pessoas que apresentem sintomas de síndrome respiratória. “Idealmente a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total, e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas”, recomenda a pasta.

A aplicação de doses de reforço é uma resposta aos estudos que demonstraram que, ao longo do tempo, os níveis de anticorpos neutralizantes gerados pelas vacinas caem, sobretudo entre a população idosa. Nos últimos dias, a média móvel de mortes pela Covid-19 no Brasil ficou acima de 200 vítimas diárias, segundo dados das secretarias estaduais de saúde reunidos pelo consórcio de imprensa.