Câmara deve acelerar análise de PEC que cria voucher a caminhoneiros e aumenta Auxílio Brasil

Proposta prevê gastos de R$ 41,2 bilhões até o fim do ano

Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados quer encurtar o tempo de análise da proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza o governo federal a gastar R$ 41,2 bilhões até o fim deste ano para criar benefícios a caminhoneiros e taxistas e elevar os valores do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás.

O texto passou em dois turnos, nessa quinta-feira, no Senado, sendo então encaminhado à Câmara. Na próxima segunda-feira, o presidente Arthur Lira (PP-AL) se reúne com líderes partidários para definir a melhor estratégia para acelerar a tramitação da PEC. A ideia é votar a matéria antes do início do recesso legislativo, no dia 17.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse, nesta sexta-feira, que uma opção cogitada pelos deputados é juntar a proposta dos auxílios a outra PEC que também já passou no Senado, cujo objetivo é garantir a competitividade dos combustíveis com fontes de energia renováveis frente aos combustíveis fósseis.

Já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, essa PEC tramita, no momento, em uma comissão especial. O colegiado deve analisar o texto da matéria na próxima semana.

Se aprovado, ele segue para o plenário. Os deputados, então, querem aproveitar que essa proposta já está bem adiantada para agilizar a votação da PEC dos auxílios, evitando a necessidade de que ela seja votada na CCJ.

“Esta é uma articulação em andamento com os líderes. Vamos ter uma reunião na segunda junto ao Lira, e queremos somar os dois textos já votados no Senado e votá-los sem alteração na Câmara, mandando à promulgação”, comentou Barros.

“Este é o caminho para entregar, o mais breve possível, os benefícios que a população espera nesse momento de crise. Vamos trabalhar duro para votar antes do recesso. Este é o objetivo”, acrescentou o líder do governo.