Corpo do indigesnista Bruno Pereira é velado nesta sexta-feira em Recife

Previsão é que corpo de indigenista seja cremado às 15h em cerimônia aberta ao público. Dom Phillips será cremado em Niterói

Corpos chegam à Polícia Federal em Brasília. Foto: Record TV/Reprodução

O corpo do indigenista Bruno Pereira, morto na região do Vale do Javari, no Amazonas, é velado nesta sexta-feira (24) na cidade de Paulista, no Grande Recife, em cerimônia aberta ao público. A previsão é que a cremação aconteça às 15h. O jornalista Dom Phillips, assassinado junto com Pereira, será velado em Niterói, no Rio de Janeiro, com funeral e cremação marcados para o domingo (26), a partir das 9h.

Os corpos foram entregues às famílias nesta quinta-feira (23), transportados em um avião da PF (Polícia Federal). Segundo a perícia, Pereira foi morto com dois tiros na região abdominal e torácica e um na cabeça, enquanto Dom levou um tiro no abdômen. A munição usada no assassinato foi típica de caça. A corporação investiga as circunstâncias em que os dois foram mortos.

Até o momento, quatro pessoas suspeitas de participação no crime foram presas. Jefferson da Silva Lima foi detido no sábado (18) e afirmou ser um dos autores do crime. Antes dele, os pescadores Amarildo da Costa Oliveira — que também confessou ter matado Dom e Bruno e indicou o local onde os corpos haviam sido enterrados — e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, já tinham sido capturados.

Nesta quinta, Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos, também confessou participação no crime, sendo preso em São Paulo. Ele disse que foi o responsável por pilotar a canoa que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, usou na execução do crime. O indigenista e o jornalista foram vistos na região pela última vez no dia 5 de junho. Os restos mortais foram encontrados em 15 de junho.

No dia seguinte, levados para Brasília, os corpos foram periciados e identificados pelo Instituto Nacional de Criminalística. Dom Phillips era colaborador do jornal britânico The Guardian e já havia produzido reportagens sobre o desmatamento na floresta amazônica. Bruno Pereira era servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio) e denunciava ameaças sofridas na região, informação confirmada pela PF.

Ele atuava como colaborador da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), uma entidade que tinha como foco impedir a invasão da reserva por pescadores, caçadores e narcotraficantes.