Sem luz por furto de cabos, alunos do Instituto de Educação têm aula às escuras em Porto Alegre

Dia nublado nesta quinta dificultou estudo com luminosidade

Alunos improvisaram a iluminação com celulares. Foto: Guilherme Almeida/Correio do Povo

O tempo nublado na manhã desta quinta-feira agravou a situação dos alunos do Instituto de Educação General Flores da Cunha na sede provisória na rua Cabral, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre. O prédio está sem energia elétrica desde o furto de parte do cabo alimentador externo para a rede interna do imóvel, ocorrido no início deste mês.

Com as luzes das lanternas dos telefones celulares sobre as mesas, os estudantes puderam acompanhar as aulas. A claridade nas salas é proveniente da luz natural que entra pelas janelas. “Com dia nublado fica mais difícil.. não ilumina”, explicou a diretora Alessandra Lemes da Rosa. “Infelizmente continuamos às escuras”, avaliou. “Alguns alunos já trouxeram até lanternas”, lembrou.

“A gente tem feito um horário reduzido. O turno da manhã começa às 9h e vai até 12h15min e o turno da tarde começa às 13h20min e vai até 16h”, explicou a diretora ao referir-se à adaptação que foi realizada com a falta de luz.

“O processo está moroso”, constatou ao falar das providências da Secretaria da Educação para a religação. “Já faz quase três semanas que estamos sem luz”, contabilizou. “Todos os trâmites burocráticos já foram efetivados. A gente espera que seja em caráter emergencial”, frisou.

Segundo a diretora, os últimos dias nublados trouxeram dificuldades em relação aos conteúdos ministrados em sala de aula. “É possível que façamos o uso da plataforma online para dar as aulas nesta semana”, disse. Uma reunião com todos os professores será feita para avaliar a situação. “Muitos alunos não têm acesso à plataforma”, ressalvou.

“Nesta unidade da Cabral, que é a sede provisória, nós atendemos do quinto ano ao terceiro ano do médio, manhã e tarde, em torno de 650 alunos, divididos em cada turno. Aqui em média 50 professores aproximadamente”, observou. “Neste endereço estamos há cinco anos e meio”, calculou sobre o tempo em que o Instituto de Educação General Flores da Cunha está fora da sede histórica na avenida Osvaldo Aranha, junto à Redação, devido às obras de reforma.

“Saímos lá da sede pensando retornar em 18 meses, mas aconteceram percalços. Estamos no aguardo, pois as obras de reforma começaram efetivamente em fevereiro deste ano”, salientou Alessandra Lemes da Rosa. “Infelizmente, a nossa história tem sido aguardar… é muito complicado”, lamentou.

O que diz o Estado

“Em relação ao furto dos fios de energia elétrica do Centro Estadual de Formação de Professores do Instituto de Educação Flores Da Cunha, de Porto Alegre, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que os engenheiros da 1ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop) já realizaram uma vistoria no local para posterior elaboração do projeto. O cronograma de recuperação da carga horária já foi devidamente apresentado pela escola e ocorre durante o ano letivo”, informou a Seduc.

Pelos registros da CEEE Grupo Equatorial, a empresa comunicou que tudo certo com a energia elétrica no Instituto de Educação e considerou que já deveria estar tudo funcionando.

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