A Polícia Federal liberou nesta quinta-feira os corpos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira às famílias, para que possam se despedir. Os restos mortais passaram por exames periciais no Centro Nacional de Criminalística, em Brasília, para identificação das vítimas e avaliação sobre a dinâmica do crime. O traslado vai ser feito até Recife e Salvador, onde vivem os familiares de Pereira e Dom, respectivamente.
A partir da chegada às cidades de origem, os restos mortais dos dois profissionais assassinados no Amazonas podem ser encaminhados aos atos fúnebres. A identificação do jornalista e do indigenista se deu inicialmente por meio de exame da arcada dentária e posteriormente por exame genético.
A perícia apontou que Pereira sofreu disparos de arma de fogo no abdômen e na região do crânio, inclusive no rosto. Dom levou um tiro no abdômen. Os investigadores seguem esperando laudos complementares para entender a dinâmica do crime e quais atos de violência resultaram no óbito de cada um deles.
Até o momento, a Polícia Federal prendeu quatro suspeitos pelo crime, e apura o envolvimento de outras pessoas. Os pescadores Amarildo da Costa e Oseney da Costa foram detidos no Amazonas, na região de Atalaia do Norte. Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos, abordou militares na praça da República nesta quinta-feira, no centro de São Paulo, e disse que também participou das mortes.