Operação policial desarticula quadrilha gaúcha do golpe dos nudes que extorquia fazendeiro de Goiás

São cumpridos oito mandados de prisão temporária e 12 de busca em Novo Hamburgo, São Leopoldo, Taquara, Igrejinha e Nova Santa Rita

Operação do golpe dos nudes. Foto: Divulgação PC

Cerca de 50 policiais civis do Rio Grande do Sul e de Goiás participaram, na manhã desta quinta-feira (23), de operação conjunta com o objetivo de desarticular uma associação criminosa que, durante os meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, extorquiu um fazendeiro da cidade de Rio Verde, em Goiás. A vítima repassou à quadrilha quase meio milhão de reais, em razão das extorsões sofridas por meio do golpe dos nudes nas redes sociais.

Cinco pessoas foram presas na operação até o momento. Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão temporária e 12 de busca em Novo Hamburgo, São Leopoldo, Taquara, Igrejinha e Nova Santa Rita.

Nos início deste ano, a vítima, um homem de aproximadamente 30 anos, que reside em Rio Verde, iniciou contato com um perfil de uma jovem no Instagram. Um criminoso, se passando pelo suposto pai da garota, afirmou à vítima que a menina em questão era menor de idade e que as conversas de cunho sexual causaram constrangimentos a ela. Simulou-se a necessidade de tratamento psiquiátrico da menor e até mesmo o suicídio dela. Assim, exigiu-se da vítima uma compensação financeira para se reparar, material e moralmente, sobre os danos causados.

Em seguida, supostos advogados e autoridades públicas, falsos delegados de polícia e conselheiros tutelares, entraram em contato com a vítima, informando-lhe que havia cometido ilícitos penais em razão das conversas com a garota. Sob tal argumento, os criminosos, fingindo serem agentes públicos corruptos e fazendo a vítima crer que havia cometido ilícitos penais relacionados à pedofilia, exigiram quantias em dinheiro, para que não sofresse sanções criminais, o que resultou no valor de 480 mil reais.

A operação foi chamada de “Sem Fronteiras”, pois as associações criminosas que atuam, porque fizeram vítimas em diferentes estados.

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