O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira não ser favorável à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras e o preço dos combustíveis, mas afirmou que não lhe cabe opinar sobre definições da Câmara.
O requerimento para abertura de CPI, protocolado por deputados do PL nesta segunda-feira, com 65 assinaturas até o momento. O pedido precisa de 171 assinaturas para que seja remetido ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
“Tratando-se de um tema de iniciativa da Câmara, que não passa por revisão do Senado, nem me caberia opinar dentro de iniciativas da Câmara. Mas, particularmente, sobre o conceito de CPI para um caso desses, obviamente eu não sou favorável. Acho que não tem a mínima razoabilidade uma CPI num momento desses, por conta de um fato desses”, afirmou, ao ser questionado depois de uma reunião com líderes partidários do Senado e com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
O presidente do Senado avalia que existe “uma série de medidas dentro do Poder Legislativo e Executivo muito mais úteis para resolver os problemas dos combustíveis do que uma CPI”. Na segunda-feira, Pacheco se reuniu com líderes da Câmara e o presidente Arthur Lira, na residência oficial da presidência da Câmara, para discutir alternativas para reduzir o preço dos combustíveis.
Dentre as questões tratadas, os parlamentares falaram sobre a CPI da Petrobras, que é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Na reunião, Pacheco defendeu que a Câmara analise o projeto de lei que cria uma conta de estabilização para conter a oscilação no preço do barril de petróleo. A matéria passou em março no Senado, mas segue engavetada na Câmara. Lira não concorda com a proposta.
Pedido de CPI
O pedido de instalação da CPI da Petrobras decorre dos novos reajustes dos combustíveis. Na última sexta-feira, o presidente criticou os lucros registrados pela empresa e defendeu a ideia de que a Câmara conduza uma investigação. “Vamos para dentro da Petrobras”, afirmou.