São Paulo confirma terceiro caso de varíola do macaco

Total no país chega a cinco

Foto: NIAID-NIH

Mais um caso de varíola dos macacos se confirmou no estado de São Paulo, divulgou hoje o Instituto Adolfo Lutz. O paciente é um homem, de 31 anos, que vive na capital paulista. Ele permanece internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com quadro clínico satisfatório. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o paciente tinha histórico de viagem à Europa. A pasta monitora também os contactantes do pacientes, orientados a manter isolamento.

Na semana passada, duas outras ocorrências de varíola do macaco foram confirmadas pelo governo paulista, na capital São Paulo, onde o paciente segue internado, e na cidade de Vinhedos, onde o homem infectado se recupera em casa. Ambas as ocorrências foram consideradas importadas, já que os pacientes tinham histórico de viagem ao exterior.

O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira, já ter sido notificado sobre esse novo caso em São Paulo e sobre um novo paciente no estado do Rio de Janeiro. É um brasileiro de 38 anos, residente em Londres, que chegou ao Brasil em 11 de junho para visitar a família. Segundo o ministério, o paciente está em isolamento domiciliar, com quadro clínico estável.

Segundo o Ministério da Saúde, com essas duas novas confirmações, sobe para cinco o número de casos de varíola do macaco (monkeypox) no Brasil: três em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Oito casos seguem em investigação.

Transmissão

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas o quadro clínico costuma ser leve, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões.

De acordo com a Secretaria de Saúde, os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e região genital.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

Vacina

A vacina aplicada contra a varíola tradicional ou humana, chamada de smallpox, mantinha alguma proteção contra a varíola do macaco. Mas, segundo o Instituto Butantan, esse imunizante deixou de ser aplicado há muito tempo, já que a varíola humana era considerada erradicada desde o início da década de 1980. Com isso, pessoas com idade inferior a 40 anos nunca foram imunizadas no Brasil.

O Butantan informou que, atualmente, há uma outra vacina contra a varíola humana, indicada também contra a varíola do macaco, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavária Northean. No entanto, essa vacina não é produzida em larga escala, ou seja, não há um número de doses suficiente para distribuição em escala mundial.