O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse nesta quarta-feira que lamenta a morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado com spray de pimenta e gás lacrimogêneo por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) dentro de uma viatura, em Sergipe, no fim de maio, mas evitou criticar a ação dos funcionários da corporação.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Torres afirmou ter certeza de que se tratou de um caso isolado. Segundo ele, “esse ato não condiz com a realidade da Polícia Rodoviária Federal”.
Questionado sobre o motivo de os policiais envolvidos na morte não terem sido presos, o ministro se limitou a dizer que a Justiça Federal em Sergipe negou o pedido de prisão preventiva dos agentes. “Estamos submissos às decisões judiciais, por óbvio. Não vim aqui para fazer juízo de valor, porque sou instância no processo administrativo.”
Torres destacou que a morte de Genivaldo foi “um caso grave e lamentável”. Ele garantiu que o Ministério da Justiça e Segurança Pública agiu para investigar o caso. “Desde o primeiro momento que vimos as imagens, a notícia, fizemos o que nos cabia e os atos estão em andamento.”
Além dele, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, participou da audiência. Ele ressaltou que “o que aconteceu no Sergipe nunca foi ensinado em nenhuma escola da PRF, na nossa universidade, em nenhum curso da instituição.”
“Não ocorreu qualquer tipo de orientação para aquele procedimento. A instituição entende que aquele fato é grave e vai trabalhar para devida apuração”, frisou Vasques.