Eletrobras
Bolsonaro deverá participar ainda, nesta terça, da cerimônia de Toque de Campainha para celebrar a oferta de ações que resultou na privatização da Eletrobras e movimentou cerca de R$ 33 bilhões. O evento, realizado a partir das 12h, contará com a presença de ministros como Paulo Guedes (Economia) e Adolfo Sachsida (Minas e Energia), além de autoridades da Eletrobras, BNDES e B3, a bolsa brasileira. Após o ato, está prevista uma coletiva de imprensa.
O ajuste de preço da estatal, a maior empresa de energia elétrica da América Latina, foi alvo de uma intensa disputa entre investidores locais e estrangeiros. A venda da Eletrobras via Bolsa foi o maior movimento de desestatização do país em duas décadas. A fatia do governo e do BDNES no negócio deve cair para cerca de 35%. A negociação das ações da companhia começa na Bolsa de Valores nesta segunda-feira (13), com preço por ação definido em R$ 42.
A oferta da Eletrobras teve um empurrão importante da possibilidade de uso de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de ações. Foi a primeira vez em cerca de 20 anos que o trabalhador brasileiro teve essa oportunidade. Antes, isso ocorreu com papéis da Vale e da Petrobras.
Diante da oportunidade, a demanda foi alta: cerca de 350 mil pessoas reservaram ações da companhia. O teto para uso do FGTS era de R$ 6 bilhões, mas a demanda ficou em R$ 9 bilhões, ou 50% a mais. Por essa razão, deverá haver uma redução em relação aos valores reservados por trabalhadores.
O investidor que fez uso de seu FGTS para entrar na oferta não poderá se desfazer do investimento por um prazo de no mínimo 12 meses – exceto em alguns casos, como o de demissão sem justa causa.